A Filarmónica União Artista de São Roque do Pico, Concelho de São Roque, ilha do Pico – Açores, foi fundada no último quartel do século XIX, nomeadamente no dia 1 de março de 1880, pelo seu primeiro maestro, o funcionário público Manuel Garcia de Simas.
Esta agremiação musical possui cerca de 35 músicos com idades que rondam os 8 e os 50 anos e mantém em funcionamento, desde 1978, uma escola apoiada pelo Governo dos Açores, que ministra educação musical a uma média de 12 alunos que, mais tarde, integrarão o seu corpo de executantes e garantirão a sua continuidade.
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A Filarmónica União Artista de São Roque do Pico, Concelho de São Roque, ilha do Pico – Açores, foi fundada no último quartel do século XIX, nomeadamente no dia 1 de março de 1880, pelo seu primeiro maestro, o funcionário público Manuel Garcia de Simas.
Esta agremiação musical possui cerca de 35 músicos com idades que rondam os 8 e os 50 anos e mantém em funcionamento, desde 1978, uma escola apoiada pelo Governo dos Açores, que ministra educação musical a uma média de 12 alunos que, mais tarde, integrarão o seu corpo de executantes e garantirão a sua continuidade.
Todas as ilhas dos Açores conhecem a Filarmónica União Artista de São Roque do Pico, pois em todas (exceção feita ao Corvo) efetuou exibições por várias vezes.
Em 1977, deslocou-se ao III Intercâmbio das Casas do Povo dos Açores, na Terceira e, três anos mais tarde, participou nas Sanjoaninas em Angra do Heroísmo; em 1995, atuou em Santa Cruz das Flores, na Festa do Emigrante; em 1996, deslocou-se à Vila da Povoação – S. Miguel; em 1997, aos Biscoitos – Terceira; em 1998, a S. Lourenço - Santa Maria; em 1999, ao Nordeste – S. Miguel; em 2001, visitou Cambridge – Ontário, tendo participado em festividades religiosas em Cambridge, Toronto e Oackville, no Canadá, retribuindo o intercâmbio com a Filarmónica “Lira do Espírito Santo” de Cambridge, que havia recebido no ano de 2000; em 2002, rumou novamente à Vila de Santa Cruz das Flores, tendo participado na Festa do Espírito Santo e, em 2004, deslocou-se a Pedrógão Pequeno - Município da Sertã - Castelo Branco.
Há alguns anos, participou nas Festas de S. Carlos, na Terceira e nas do Santo Cristo, na Graciosa.
Efetuou novo intercâmbio, em agosto/setembro de 2005, desta feita às cidades de San Diego, Hayward, San José, Tulare, Stevinsone, Hanford, na Califórnia – Estados Unidos da América.
Em agosto de 2010, deslocou-se até à ilha Graciosa onde participou nas festas do Senhor Santo Cristo e abrilhantou também a tourada de praça realizada no âmbito daquelas festividades.
Na ilha do Pico, esta Filarmónica participa, quase todos os anos, nas principais festas concelhias: Cais Agosto, Santa Maria Madalena e Semana dos Baleeiros – Nª. Sª. de Lurdes (Lajes do Pico); Festa do Padroeiro São Roque (feriado municipal); Bom Jesus de S. Mateus, Festas paroquiais do Divino Espírito Santo e da Santíssima Trindade e nos oragos de várias freguesias, numa tradição de longas décadas. Não raro, participa na Semana do Mar, na Festa de Nª. Sª. das Angústias, no Faial ou na Semana Cultural das Velas – S. Jorge.
Tem tido também uma participação assídua no Festival de Bandas Filarmónicas da ilha do Pico, promovido pela Câmara Municipal de São Roque.
Esta agremiação musical foi declarada Instituição de Utilidade Pública, por Despacho de S. Ex.ª. o Presidente do Governo Regional dos Açores, de 9 de Abril de 2001.
Aquando das comemorações do 120º aniversário da sua fundação (maio de 2000), foi emitida uma Medalha comemorativa da efeméride, com o apoio do Município e editado o livro (Monografia) – Sinfonia dos 120 anos da “União Artista”, com o apoio municipal e da Direção Regional da Cultura, da autoria do Comendador P. José Idalmiro Ávila Ferreira, ilustre filho desta terra, que compilou muita da história desta instituição cultural, que é uma das poucas filarmónicas da ilha e dos Açores, que manteve sempre uma atividade filarmónico-musical ininterrupta. Igualmente, com o apoio da edilidade de São Roque foi emitida, em 2005, uma Medalha comemorativa dos 125 anos desta Filarmónica.
No dia 11 de Agosto de 2007, foi inaugurada a nova sede, sita na Rua Manuel Jorge do Nascimento da Vila de S. Roque do Pico, onde foi emitida uma medalha alusiva ao evento e lançado o seu primeiro CD, com o apoio do Município.
A partir da inauguração da sede, a filarmónica mantêm dinâmica a sua atividade para com os sócios e comunidade em geral em épocas festivas como a Festa de Natal para sócios e músicos; Passagem de Ano; Carnaval; bailes de chamarritas e, sempre que solicitado, cede as suas instalações para a realização de eventos culturais das mais diversas entidades.
Num excerto do livro do Comendador Pe. José Idalmiro A. Ferreira, sobre esta filarmónica pode ler-se: “Tendo como berço o vetusto Convento de S. Pedro de Alcântara, sito ao Cais do Pico, Vila de São Roque do Pico, a um de Março de 1880, exibia-se pela primeira vez em público a Filarmónica União Artista. O seu fundador e primeiro maestro foi um funcionário público de nome Manuel Garcia e Simas. Desde sempre que esta freguesia estava vocacionada para a música, fazendo parte do seu ser e do seu sentir. Ranchos de Natal, seus bailaricos, teatros e sobretudo as chamadas “capelas”, que animavam a liturgia dos actos religiosos, foram factores decisivos para que esta agremiação um dia fosse realidade. Acresce ainda, a influência franciscana que por aqui deixou rastos de beleza que a música expressa. Vinte anos após a sua existência, seu mestre, o Senhor Miranda, houve por bem fundar uma nova sede em S. Roque, onde residia, para assim lhe prestar melhor assistência. O povo do lugar do Cais do Pico não gostou e, com elementos desta banda e outros mais, fundou uma nova filarmónica – a Liberdade do Cais do Pico – tendo-se criado então, entre as duas, certa rivalidade, o que redundou no maior empenho dos tocadores e dos seus sócios para mais e melhor. Sempre pronta em servir, a União Artista já esteve por variadíssimas vezes em todas as freguesias da ilha e, em anos atrás, quando o isolamento das mesmas era uma realidade, tocadores e simpatizantes, instrumentos às costas, percorriam a pé quilómetros e quilómetros, atravessando a ilha, para honrar os seus compromissos."