Decorre o ano de 1910, quando um grupo de pessoas composto por José Dias, Cristiano José de Sousa, José Urbano das Neves, Manuel da Rosa (Peixe-Rei), António Gomes, Álvaro de Sousa, entre outros, se mobiliza em torno de um objetivo comum: a formação de uma banda filarmónica.
A 10 de Abril de 1910 é fundada, no lugar do Cais do Pico, a Filarmónica Liberdade.
Constituída por 18 tocadores, os ensaios sob a regência de Manuel Cristiano de Sousa, com 17 anos de idade apenas, decorrem de casa em casa. Primeiro, no edifício da empresa Manuel Emílio Herz, depois no domicílio de Jo
Decorre o ano de 1910, quando um grupo de pessoas composto por José Dias, Cristiano José de Sousa, José Urbano das Neves, Manuel da Rosa (Peixe-Rei), António Gomes, Álvaro de Sousa, entre outros, se mobiliza em torno de um objetivo comum: a formação de uma banda filarmónica.
A 10 de Abril de 1910 é fundada, no lugar do Cais do Pico, a Filarmónica Liberdade.
Constituída por 18 tocadores, os ensaios sob a regência de Manuel Cristiano de Sousa, com 17 anos de idade apenas, decorrem de casa em casa. Primeiro, no edifício da empresa Manuel Emílio Herz, depois no domicílio de João Carlos de Sousa.
Em 1917, no dia da morte de seu primo João Bento de Lima, Manuel Dias de Lima, 1.º clarinete e responsável pela Filarmónica Liberdade, desde o primeiro dia da sua fundação, não consegue contornar o descontentamento existente entre os tocadores e dá-se o primeiro encerramento da atividade musical desta filarmónica.
Na década de trinta, do século XX, Manuel Hermínio Mamede, jovem talentoso de apenas 18 anos, leva avante o ressurgir da Filarmónica Liberdade através do ensino de música a novos tocadores, na loja de seu pai.
Na Páscoa de 1939, a Filarmónica Liberdade desfila novamente pelas ruas do Cais do Pico com os seus novos 20 tocadores.
Ao longo dos anos, sucedem-se os edifícios para os ensaios da filarmónica. A antiga Padaria, no Canto, a casa de Manuel Álvaro de Simas, na Cova, a casa de João Silveira, novamente no Canto, a casa de António Macedo, na rua João Bento de Lima, a casa de Manuel Adelino Gomes, na rua do Poço, o clube de Manuel Jorge Nascimento, a casa do campo de jogos dos Bombeiros Voluntários de S. Roque, o Convento São Pedro de Alcântara, o Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia e, por fim, a sede própria na Alameda 10 de Novembro de 1542. Este edifício foi inaugurado em 10 de Abril de 2005.
Após o seu encerramento em 1958, a Filarmónica Liberdade reabre em 1966 e os anos que se seguiram foram de apogeu.
Integrada no Centro Recreio Popular do Cais do Pico, a filarmónica está na origem do convívio proporcionado por este Centro, através de conjuntos de baile (os Marcianos e os Astronautas).
Nessa década, em 1968, e sob a regência de Manuel Machado, a Filarmónica Liberdade ganha lugar de destaque no concurso de bandas musicais que, a nível Açores-Madeira, estavam inscritas na FNAT (Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho). Primeiro lugar do ex-distrito da Horta, segundo lugar do Arquipélago dos Açores e um honroso terceiro lugar Açores-Madeira.
Ao longo de todos estes anos de existência a Filarmónica Liberdade contou com a colaboração desinteressada de tocadores de todas as idades, familiares, dirigentes e regentes, bem como, com a cooperação dos já citados, Manuel da Silva (Cabrinha), Manuel Garcia da Silva (Formiga), António Coelho da Silva, Luciano Medeiros, Manuel Xavier, Jorge Silveira da Rosa, Miguel Leal e Manuel Francisco Serpa.
Em 2001, o Governo Regional dos Açores reconheceu o trabalho desenvolvido pela filarmónica ao longo da sua existência e a meritória ação de expandir a prática musical em prol da comunidade, atribuindo-lhe o estatuto de Utilidade Pública.
A 10 de Abril de 2010, a Filarmónica Liberdade do Cais do Pico ao comemorar cem anos de existência, programou um leque de atividades específicas para a celebração deste evento, editou o CD Centenário e ainda realizou um passeio às festas concelhias da Praia da Vitória.
A Filarmónica Liberdade tem efetuado, ao longo dos anos, inúmeras atuações no Pico, nas outras ilhas, no território continental e no estrangeiro. A sua presença nos eventos em que participa tem sido dignificante e prestigiante para o concelho a que pertence.