A Banda Harmonia Mosteirense, da freguesia dos Mosteiros, Concelho de Ponta Delgada, ilha de S. Miguel – Açores, foi fundada no dia 24 de junho de 1883, pelos Reverendo Manuel Jacinto da Silva, Pedro Lúcio, Caetano Lopes e Manuel Botelho Paulo, com apoio moral e material de outros amigos regeneradores da altura.
Já no curso da sua existência, foram apelidados de Fandangas, tendo adquirido essa alcunha pelos seus rivais, devido a desavenças que começaram a existir entre ambas as partes, contendas estas, que ainda perduram, mas de uma forma mais trivial. Tendo a Fandanga, também alcu
A Banda Harmonia Mosteirense, da freguesia dos Mosteiros, Concelho de Ponta Delgada, ilha de S. Miguel – Açores, foi fundada no dia 24 de junho de 1883, pelos Reverendo Manuel Jacinto da Silva, Pedro Lúcio, Caetano Lopes e Manuel Botelho Paulo, com apoio moral e material de outros amigos regeneradores da altura.
Já no curso da sua existência, foram apelidados de Fandangas, tendo adquirido essa alcunha pelos seus rivais, devido a desavenças que começaram a existir entre ambas as partes, contendas estas, que ainda perduram, mas de uma forma mais trivial. Tendo a Fandanga, também alcunhado os seus rivais por Ceroulas, é de salientar que ainda hoje, ambas as filarmónicas também são conhecidas por estes nomes.
A Banda Harmonia Mosteirense é constituída por mais de seis dezenas de elementos com idades que rondam os 8 e os 68 anos e possui uma escola com mais de uma dezena de aprendizes, que se preparam para integrar o corpo de músicos executantes desta agremiação musical, contribuindo, deste modo, para o seu enriquecimento e para a garantia da sua continuidade.
Esta Filarmónica realiza, anualmente, perto de meia centena de atuações. Neste âmbito, tem participado em várias procissões, festas e festivais musicais na ilha de S. Miguel.
Em março de 2012, colaborou na gravação de um CD promovido pela Câmara Municipal de Ponta Delgada; no ano de 2013, comemorou os seus 130 anos de existência, com a realização de várias atividades, nomeadamente concertos, de entre as quais se destaca o “Concerto de Páscoa” no salão de festas da sua sede, tendo a receita deste evento revertido a favor das vítimas das cheias no Faial da Terra e Porto Judeu, na ilha Terceira. Efetuou ainda dois concertos no Teatro da Ribeira Grande e uma excelente atuação na Igreja de São José, em Ponta Delgada.
Em julho de 2014, foi a primeira Filarmónica a participar com um concerto no prestigiado Festival Música no Colégio.
Em outubro de 2015, teve lugar o lançamento do 1º CD da Banda, com um Concerto no Teatro Micaelense.
Fazem, também, parte do curriculum desta Banda diversas deslocações efetuadas a outras ilhas do arquipélago, a Portugal Continental e ao estrangeiro, nomeadamente aos Estados Unidos da América nos anos de 1977/1989/1999 e 2008; às ilhas de Santa Maria em 1995; das Flores em 2000; e às do Pico e Faial em 2005; a Portugal Continental, concelho de Figueira da Foz, em 2009, e ilha do Pico, em 2015.
A Harmonia Mosteirense venceu, por duas vezes, o concurso de Bandas da Ilha de S. Miguel realizado no Coliseu Micaelense, nos anos de 1957 e 1958.
Trata-se, portanto, de uma agremiação musical que tem mantido, ao longo dos anos, um elevado nível artístico, pelo que se tornou num importante instrumento de dinamização cultural da Região.
Esta Banda continua com o seu grupo de Teatro que é constituído, em cerca de 90 por cento, por músicos da própria Filarmónica. Todos os anos, na época de Natal, tem levado à cena uma peça de teatro e um ato de variedades, permitindo aos jovens a aprendizagem da música e o desenvolvimento de práticas de solidariedade e laços de sã camaradagem.
Esta agremiação musical realizou o seu primeiro concerto no último quartel do século XIX, mais precisamente, em 20 de setembro de 1885, sob a direção de Pedro Lúcio e, desde então, tem sido notória a sua atividade artística e forte contribuição para o prestígio musical Micaelense.
A Banda Harmonia Mosteirense orgulha-se de ser, entre todas as Filarmónicas de Portugal, a que maior número de músicos forneceu a Bandas Militares. Entre estes está o compositor Tenente Chefe de Música Francisco José Dias, parente de outros dois grandes maestros desta agremiação musical, o primo José Cabral Dias e o avô prof. Manuel de Arruda Simões.