A Filarmónica Minerva da freguesia dos Ginetes, Concelho de Ponta Delgada, ilha de S. Miguel, foi criada em 06 de janeiro de 1901 e teve como seu fundador o senhor José Maria Raposo Amaral, o qual, durante muitos anos, custeou as despesas de manutenção da banda, nomeadamente com a aquisição de instrumental e de fardamento. É de salientar, também, o importante papel desempenhado, na altura, pelo médico municipal radicado nos Ginetes, Dr. Carlos Bettencourt, grande amante da música e tocador de vários instrumentos, que orientou os primeiros músicos para a constituição da filarmónica.

O primeiro maestro desta agremiação musical chamava-se Maciel.

Em 1918, o Sr. José Maria Raposo Amaral, que até então tinha assumido toda a responsabilidade financeira da banda, decidiu passar este encargo a uma Comissão Instaladora, que começou a gerir os seus destinos.

Em 8 de janeiro de 1920, foram homologados os Estatutos da filarmónica Minerva de Ginetes e empossada a dita Comissão constituída por nove elementos. Apesar de oficialmente constituída, com os seus Estatutos homologados, um ano depois, teve de encerrar. Segundo testemunho de pessoa daquela época, tal situação manteve-se até 1929, ano em que reabriu.

A Filarmónica, durante a década dos anos trinta, viveu apoiada num homem que era a sua imagem, o senhor José Carvalho de Almeida. Este foi, não só responsável pela direção musical, mas também membro muito ativo da administração da mesma. Durante a sua permanência como maestro e membro da Direção foi inaugurada, em 4 de agosto de 1940, a Sede atual, embora nos últimos anos a mesma tenha beneficiado de obras de melhoramento, mantendo, porém, o essencial da sua apresentação intata.

Esta agremiação musical possui uma escola de música com perto de duas dezenas de jovens, os quais, mais tarde, serão, no futuro, o garante da sua continuidade.

Em 1946, a Filarmónica Minerva esteve presente num dos grandes acontecimentos, da altura, em Ponta Delgada, que foi a Parada das Filarmónicas no Quarto Centenário daquela Cidade.

Em 1979, efetuou uma digressão pelos Estados Unidos da América e Canadá, tendo regressado novamente a estes dois países, no ano de 2007, em visita aos emigrantes da terra.

Esta Filarmónica costuma efetuar, anualmente, sete atuações na freguesia dos Ginetes e dez no exterior, pelo que já se deslocou ao Festival de Bandas de Loures, no Continente, às Grandes Festas do Divino Espírito Santo da Nova Inglaterra, nos EUA e de Santa Cruz, em Toronto, no Canadá.

Em 2006, participou num Centenário com a Banda Paredense da Parede; Portugal.

Em 2007, realizou, também, intercâmbios com várias bandas açorianas, nomeadamente Santo Espírito, de Santa Maria; São Bartolomeu, Porto Judeu, Santa Bárbara, da ilha Terceira, São Mateus, da ilha do Pico e em 2008, com a Banda de Santa Cecília de Fall River, EUA e em 2011, com a Banda de Casainhos, Loures – Portugal.

Para além dos intercâmbios efetuados com bandas filarmónicas, também recebeu vários grupos folclóricos em parceria com o Grupo Folclórico da Relva.