A Sociedade recreativa Filarmónica Estrela do Oriente da Freguesia de Algarvia, Concelho de Nordeste, ilha de S. Miguel – Açores, foi fundada em janeiro de 1878 pelo Pe. Diniz Inácio Machado.
Esta agremiação musical é constituída por cerca de meia centenas de elementos com idades que rondam os 10 e os 61 anos e possui uma escola de música com alguns aprendizes que, uma vez habilitados, integrarão a filarmónica e garantirão a sua continuidade.
A Filarmónica Estrela do Oriente, que inicialmente se denominava de Lira de Nossa Senhora do Amparo, em homenagem à padroeira da fre
A Sociedade recreativa Filarmónica Estrela do Oriente da Freguesia de Algarvia, Concelho de Nordeste, ilha de S. Miguel – Açores, foi fundada em janeiro de 1878 pelo Pe. Diniz Inácio Machado.
Esta agremiação musical é constituída por cerca de meia centenas de elementos com idades que rondam os 10 e os 61 anos e possui uma escola de música com alguns aprendizes que, uma vez habilitados, integrarão a filarmónica e garantirão a sua continuidade.
A Filarmónica Estrela do Oriente, que inicialmente se denominava de Lira de Nossa Senhora do Amparo, em homenagem à padroeira da freguesia de Algarvia, tem vindo a marcar presença, ao longo do seu curso existencial, em diversos eventos musicais realizados em todo o território português e no estrangeiro, sendo as suas atuações de nível elevado.
Do seu repertório consta uma recolha riquíssima da tradição musical micaelense que se encontra registada num CD lançado no ano de 2004.
Aquando da sua fundação, a Lira de Nossa Senhora do Amparo era composta por 14 músicos que atuavam sob a batuta do maestro Manuel Silveira Machado, natural da freguesia de Rabo de Peixe.
Apostando, desde o seu início, na formação musical, esta filarmónica foi crescendo e em 1900, já contava com 29 músicos, tendo como maestro um filho da terra, Ernesto Medeiros Borges.
Em 8 de setembro de 1905, por razões que se desconhecem, a Lira de Nossa Senhora do Amparo encerrou portas, ficando toda a freguesia envolta em grande consternação.
No ano seguinte, por altura do Cortejo de Reis, tradição existente na freguesia de Algarvia, por impulso pessoal, os músicos juntaram-se e integraram o referido préstito, conferindo a este uma dinâmica que levou ao rejúbilo da população.
O Pároco da freguesia, Pe. Diniz Machado, ao verificar todo este entusiasmo, tomou a iniciativa de, novamente, congregar este movimento espontâneo, numa instituição, porém, desta vez, denominada de Filarmónica Estrela do Oriente, por coincidir com o dia da Epifania.
Em 1936, Deolinda Cabral, emigrante, natural da Feteira Pequena, freguesia de Santana, torna-se na maior benemérita desta instituição, ao oferecer um instrumental novo e completo, proveniente dos Estados Unidos, país onde se encontrava radicada.
A Filarmónica Estrela do Oriente, Instituição de Utilidade Pública desde o ano de 1996, além de apostar na formação musical dos jovens que mais tarde integrarão o seu corpo de músicos, tem vindo a efetuar um importante trabalho de recuperação e divulgação do património musical micaelense.
O reconhecimento da sua performance tem levado à realização de diversos intercâmbios com entidades similares e à efetivação de várias deslocações de entre as quais se destacam: Madeira (1993, 2002 e 2009); ilha Terceira (1995); ilha de Santa Maria (1997); ilhas do Pico e Faial (2000); Estados Unidos da América (2001); ilha de S. Jorge (2004); Castro Marim – Algarve (2005); ilha do Pico (2006); Fronteira no Alentejo (2008); São Vicente – Madeira (2009); Murça em Trás-os-Montes (2012) e Cabo da Praia – ilha Terceira (2014).
Em novembro de 2004, lança o seu primeiro CD, sob a maestria de Manuel Arruda Simões, tendo este sido responsável pela direção musical e artística desta agremiação cultural durante um período de 27 anos.
Em 18 de julho de 2009, a Estrela do Oriente vê dois dos seus mais antigos músicos – David Ernesto Amaral e Luís Amaral Couto, receberem um Diploma de Mérito Municipal, de reconhecimento por mais de quatro décadas de trabalho contínuo e persistente na promoção da cultura local.
Em 2009, a Algarvia homenageia a Filarmónica Estrela do Oriente, com a medalha da freguesia, pelo papel cultural e de envolvimento dos jovens em torno de um projeto criado pelos seus antepassados.