A Filarmónica das Fontinhas, freguesia das Fontinhas, Concelho da Praia da Vitória – ilha Terceira, foi fundada em 1884, pelo senhor José Constantino Cardoso, que foi seu maestro durante quarenta e três anos.
Esta filarmónica fez a sua primeira atuação pública em agosto do referido ano, nas festas da Nossa Senhora da Pena, nas Fontinhas.
Nas últimas duas décadas do séc. XIX, atuava em todo o concelho praiense, sendo também frequente tocar nas touradas de praça, na extinta Praça de Touros da Praia da Vitória, e, no período compreendido entre 1902 e 1904, foi a única do
A Filarmónica das Fontinhas, freguesia das Fontinhas, Concelho da Praia da Vitória – ilha Terceira, foi fundada em 1884, pelo senhor José Constantino Cardoso, que foi seu maestro durante quarenta e três anos.
Esta filarmónica fez a sua primeira atuação pública em agosto do referido ano, nas festas da Nossa Senhora da Pena, nas Fontinhas.
Nas últimas duas décadas do séc. XIX, atuava em todo o concelho praiense, sendo também frequente tocar nas touradas de praça, na extinta Praça de Touros da Praia da Vitória, e, no período compreendido entre 1902 e 1904, foi a única do seu género que existiu em toda a área do concelho praiense, sendo responsável por todas as atuações em festas do referido município.
Até 1929, a filarmónica, não tendo estatutos próprios, era constituída por um grupo de músicos que se responsabilizavam pela compra dos seus próprios instrumentos. Nesse ano, devido a divergências entre o seu regente, Joaquim Mendes Borba, e os músicos por causa de uma tocata em honra a um dos irmãos Goulart, imigrante e recentemente vindo do Brasil, deu-se uma cisão entre o grupo. O professor Lucindo Ávila Costa, nesse momento, desempenhou um papel fundamental na manutenção da atividade musical tendo fundado, com o grupo que restou da cisão, a Sociedade Musical Recreio das Fontinhas.
Nos tempos que se seguiram, foram diversas as atuações que a filarmónica efetuou por toda a ilha sob o comando de vários regentes: Manuel Coelho Silva, João Ferreira dos Santos, Manuel José Rodrigues e Durval Festa. José Borges Leal Pamplona, que era músico desta agremiação musical desde 1928, tornou-se seu maestro na década de 40, cargo que acabou por ocupar até 1995, tornando-se numa figura incontornável na história desta filarmónica, bem como o seu responsável musical, que por mais tempo a regeu.
Em 1976, começaram as conversações entre a Sociedade Instrutiva União das Fontinhas (popularmente designada por Salão) e a Sociedade Musical Recreio das Fontinhas (Filarmónica) tendo o resultado das mesmas dado origem à fusão das duas sociedades, pelo que foram aprovados os estatutos em 1979, com o nome atual de Sociedade Musical União das Fontinhas.
Em 1996, a filarmónica deslocou-se aos Estados Unidos da América, tendo participado em diversas manifestações culturais da diáspora.
No ano de 2000, deslocou-se a S. Miguel e, em 2004, à ilha de S. Jorge. Em agosto de 2011, efetuou uma deslocação a Portugal continental, mais propriamente a Alqueidão, no âmbito de um protocolo de intercâmbio cultural realizado com a filarmónica da Sociedade Recreativa Musical de Alqueidão que, no ano anterior, havia visitado a Terceira.
A Sociedade Filarmónica União das Fontinhas é considerada uma pedra fundamental e de relevante importância no desenvolvimento cultural da freguesia, uma vez que apoia e atua em todas as suas festas de caráter religioso e profano e, ao mesmo tempo, promove o ensino da música a todos quantos queiram aprender esta forma superior de comunicação.
A filarmónica é constituída por cerca de 4 dezenas de músicos e possui uma escola em plena atividade, que prepara os novos elementos que, mais tarde, a integrarão e lhe darão continuidade no futuro.
No respeitante à antiguidade, a Filarmónica da Sociedade Musical União das Fontinhas é a mais antiga do concelho da Praia, ficando, neste âmbito, em 5º lugar, a nível da ilha Terceira.